segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

2012 se encerra com distribuição de mil exemplares do livro Rede da Esperança


Sonia Pinheiro, apresentando o livro Rede da Esperança

Em agosto, o escritor e educador Adilson Marques lançou o livro infanto-juvenil Rede da Esperança. O livro foi escrito em 1992 quando atuava com Educação Ambiental no parque do Carmo, na cidade de São paulo, e terminava sua graduação em Geografia, na USP. Porém, somente em 2012 que o livro foi impresso. A história que narrava o lado "oculto" da criação do parque do Carmo foi adaptada e se passa em uma cidade do interior do estado de SP. Assim, a história de Moacyr se confunde com a história de quase todas as cidades do estado, marcadas pelo papel da ferrovia e das fazendas de café para exportação.
O livro foi editado graças ao apoio do projeto Homospiritualis em parceria com a ONG Rosa de Nazaré e mil exemplares foram impressos e distribuídos na cidade de São Carlos, em vários eventos, como o VaLer, organizado pelo coletivo Topamos Ler e em várias ONGs que atendem crianças na cidade.
Junto com a entrega do livro, um contador de história apresentou uma adaptação do livro, narrando as aventuras de Moacyr, um menino de sete anos de idade que descobre fazer parte de um movimento em defesa das matas de todo o planeta. Apesar da pouca idade, com muita vontade e determinação consegue mobilizar muitas pessoas e uma área verde próxima de sua casa, e que seria transformada em mais um conjunto residencial, se transforma em um belo parque público.
A história, como já foi salientada, se passa em uma cidade do interior do estado de São Paulo, que cresceu graças ao impacto da rede ferroviária, atraindo pessoas de várias partes do país e do mundo. A família de Moacyr teria vindo do estado do Mato-Grosso, trazendo influências da cultura portuguesa e indígena.
Iéio e Adilson Marques, participantes da festa, trocam livros
O livro prende a atenção do leitor do começo ao fim da narrativa, cujo desfecho fantástico revela a verdadeira história de Moacyr e sua transformação. Para Samira da Rocha, psicóloga de formação junguiana, o livro remete a vários mitos, sobretudo de Cronos e Kairós, e a transformação vivida pelo personagem, após cumprir sua missão, faz parte de um processo metanoico necessário para que nossa individuação aconteça. Por ser uma experiência universal, o leitor se identifica com a transformação de Moacyr em um ser cósmico defensor da natureza.
A última apresentação e distribuição do livro aconteceu no dia 20 de dezembro, na sede da ONG ASPE, localizada no bairro Douradinho, em São Carlos, com a presença de Sonia Pinheiro, no evento de encerramento das atividades da ONG em 2012. Além da contação e da distribuição do livro, mágico, apresentação de makulele, doação de brinquedos e outros eventos marcaram a data de uma forma muito especial.
A partir de 2013 o projeto Homospiritualis pretende buscar apoio junto ao poder público e escolas para fazer uma nova edição do livro, além de transformá-lo em um espetáculo teatral para crianças.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

12/12/12 com muita chuva e muita paz

após a meditação, saborear um bom pastel não tem preço!
Ontem, dia 12/12/2012, o projeto homospiritualis realizou uma confraternização, comemorando um fato insólito: a capacitação de 2012 pessoas, entre 2003 e 2012, para atuar com Reiki, Apometria e TVI em todo o território nacional.
O primeiro curso aconteceu em março de 2003, com 8 alunos, e foi uma das atividades de inauguração da ONG Círculo de São Francisco, que assumiu a coordenação do projeto homospiritualis, entre os anos de 2003 e 2007.
A comemoração foi na sala de atividades físicas da Fundação Educacional São Carlos, na Vila Prado.
12 pessoas compareceram, um número
cuja simbologia é muito especial.
Sob uma forte chuva que caiu na cidade e que, com certeza, não foi por acaso, um grupo animado se reuniu para meditar, vibrar positivamente pelo planeta e saborear os deliciosos pasteis doados pela Pastel e Cia., uma das melhores pastelarias da cidade.
E para completar, a professora Umaia, da UFSCAR, foi convidada e aclamada por todos os presentes para assumir a coordenação geral do Instituto Homospiritualis que está para nascer.  

cine spiritualis

Na última terça-feira, dia 11 de dezembro, realizamos a última sessão do cine spiritualis, em 2012. O encerramento do projeto foi com o filme Sexo por compaixão, uma instigante reflexão sobre o certo e o errado e a questão da intenção por trás dos atos. O filme, uma produção mexicana e espanhola de 1999, narra a história de Dolores, que após ser abandonada pelo marido por ser uma mulher muito boa, que só faz o bem ao próximo, decide cometer um pecado, deitando-se com um outro homem. O fato, porém, passou a ser interpretado de outra maneira e ela começa a ter relações sexuais com todos os homens do vilarejo.
A consequência deste ato é uma revolução na vida de todos. A apatia que tomava conta do pequeno vilarejo desaparece e seus moradores se tornam mais felizes, motivados, solidários etc.
A volta de Manolo, marido de Dolores, quase faz retroceder toda a mudança que estava se processando. Mas as mulheres do vilarejo o convencem, de uma forma bem singular, da santidade de Dolores. Aceitando a nova função da esposa, a alegria retorna ao vilarejo e toda a comunidade comemora o fruto dessa nova existência: o nascimento do filho de Dolores, mesmo que ninguém saiba quem seja o pai.
A primeira criança que ali nasce, depois de muitos anos, representa a renovação da vida e o limiar de um novo ciclo, muito mais feliz e próspero para aquele vilarejo.
O projeto Cine spiritualis retornará em fevereiro de 2013, após a reforma que será feita na sala, aumentando o espaço e permitindo mais conforto a todos.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mensagem de despedida - pai Joaquim de Aruada


reproduzo abaixo a mensagem encaminhada pelo médium Firmino José Leite, informando que o espírito pai Joaquim de Aruanda se despediu no último dia 9 de dezembro, na cidade de Peruíbe.
Os que o chamavam de obsessor, quiumba etc. vão comemorar; outros, que o idolatravam, vão lamentar; e outros apenas agradecerão. Fico no último grupo, agradecendo a oportunidade de entrevistá-lo entre os anos de 2005 e 2008, fato que me ajudou a fundamentar a espiritologia, a história oral com os espíritos, e refletir bastante sobre a morte, a condição humana e a vida após a morte.

abraços

Adilson






Mensagem de Joaquim em Peruíbe – 09/12/12



Estava conversando agora a pouco com uma das pessoas que teve como missão, nos últimos quatorze anos, participar da divulgação dos ensinamentos trazidos pelo Espiritualismo Ecumênico Universal. Disse para ela que cada gota de suor derramado e o cansaço que se acumulou ao longo de todos os quilômetros que foram percorridos para que pudéssemos passar nossa mensagem, serviu para que tudo o que conseguimos colocar à disposição dos seres humanizados fosse construído. Cada esforço que foi despendido pelo grupo que teve esta missão foi como um tijolo que contribuiu para a formação da Doutrina Espiritualista Ecumênica e que é responsável pela presença de tantos amigos junto a nós.
Ontem, quando pedimos que as pessoas aqui presentes que falassem sobre o ensinamento que ouviram de nós que mais lhes calou fundo ao coração e ainda que benefício ele havia trazido à vida de cada um, todos foram unânimes em dizer que aquilo que receberam causou bem estar na sua vida. Esta informação deve ser guardada por todos aqueles que ao longo dos últimos anos de uma forma ou de outra contribuíram para que as mensagens trazidas pelo nosso grupo espiritual chegassem ao mundo carnal. A certeza de que o trabalho contribuiu para que pessoas conseguissem uma vivência mais tranqüila e em paz é que deve servir a todos que conosco estiveram e participaram da sua formação como a recompensa pelo esforço despendido.
Na verdade, o que realmente construiu este trabalho não foi a nossa o esforço de alguns ou a presença de outros, mas sim o envolvimento que tanto como quem organizou como quem apenas ouviu teve com o próprio trabalho. Não foi só o envolvimento daqueles que muitas vezes abandonaram suas vidas particulares e abriram mão de compromissos pessoais para se deslocarem a outras cidades e estados para que nossas conversas acontecessem que serviu como tijolo para construir o legado que deixamos. Para que a Doutrina Espiritualista Ecumênica fosse erguida foi preciso o envolvimento de cada um que conosco esteve nestes últimos anos, mesmo daqueles que somente estiveram presentes para ouvir.
De que valeria pessoas viajarem para outros lugares para organizar nossos encontros, de que valeria eu incorporar junto a este médium e falar ou de que valeria se publicar o que foi dito nos endereços virtuais do Espiritualismo Ecumênico Universal se não houvesse pessoas presentes para ouvir ou que acessassem aquilo que foi publicado? É por isso que afirmo que não foi especificamente o envolvimento meu e do plano espiritual que conosco opera ou das pessoas que tiveram como missão no mundo carnal organizarem os encontros que fez o EEU, mas sim o envolvimento de todos que estiveram presentes em nossas conversas ou que se sintonizaram nos endereços virtuais. Foi esta presença que criou a onda da Doutrina Espiritualista Ecumênica que se faz presente hoje no mundo humano.
Ontem, quando iniciamos as conversas deste último encontro do qual participo, respondendo a uma pergunta minha (o que é preciso fazer para que a doutrina continue depois do fim do EEU), cada um dos aqui presentes deu a sua opinião a respeito da continuidade da presença da doutrina que transmitimos depois do fim de nossas conversas. Todos que aqui se apresentaram expuseram o que na sua visão seria uma forma para levar os ensinamentos trazidos por nosso trabalho a outras pessoas. Mas, reparem que não perguntei como achar novos adeptos à doutrina, mas sim em como fazê-la continuar presente depois que não mais houver reuniões programadas com a presença do plano espiritual para trazer novos ensinamentos.
A nossa preocupação quando fizemos a pergunta não estava, nem nunca esteve, focada em conseguir uma quantidade grande de adeptos àquilo que ensinamos. Nunca estivemos preocupados com quantidade. Sempre estivemos preocupados em levar uma nova forma de viver, mesmo que seja só para alguns, do que nos tornarmos conhecidos por muitos, sem conseguir ajudá-los realmente. Por isso, quando fiz a pergunta no início desta nossa última jornada, minha intenção nunca foi descobrir uma forma para que vocês servissem de arauto para amealhar mais fiéis, mas sim saber como planejam vivenciar os ensinamentos doutrinários que trouxemos, e que segundo vocês mesmos trouxe benefícios à vivência de cada um, depois do fim destas nossas conversas. 
Sim, eu acredito que estão preocupados com a continuidade da doutrina dentro de vocês, pois o resultado que até aqui ela apresentou lhes foi benéfico. Por isso a minha preocupação com esta questão. É por conta desta preocupação que neste momento em que simbolicamente me despeço de vocês, quero falar um pouco sobre esta continuidade...
A Doutrina Espiritualista Ecumênica só continuará existindo no lugar que ela precisa estar, dentro de você, se o envolvimento de cada um com ela continuar existindo. Se não houver este envolvimento, ela deixará de existir, pois será enterrada na consciência de cada um pelos apelos do dia a dia.
Repare que não estou falando em envolvimento com o EEU, com Joaquim ou com qualquer membro de nossa comunidade. Estou falando no seu envolvimento exclusivamente com os ensinamentos que recebeu. Também não estou falando num envolvimento como um divulgador do que foi recebido a outras pessoas, mas no seu envolvimento íntimo com as premissas que se colocadas em prática lhe levam a vivenciar de forma mais amena os acontecimentos do mundo carnal. O futuro da Doutrina Espiritualista Ecumênica dentro de você, que é o lugar onde ela deve sobreviver, está diretamente ligado ao seu envolvimento com as premissas que geram uma nova forma de viver.
Novas pessoas poderão vir e com certeza se juntarão à nossa comunidade futuramente, como aliás já aconteceu neste encontro, mas isso não acontecerá porque alguém foi buscá-las: elas serão trazidas porque este acontecimento faz parte do destino de cada um, faz parte do planejamento da encarnação de cada ser universal. Se não houver esta previsão, por mais que se faça qualquer tipo de propaganda da doutrina, elas não virão. Portanto, de nada adianta a ocupação ou a preocupação com a divulgação destes ensinamentos para atrair pessoas para o nosso convívio.
Agora, se aqueles que estiverem programados para chegar não encontrarem os que aqui já estão envolvidos com os ensinamentos, elas não ficarão. Será que você permaneceria num lugar se observasse que as pessoas que ali estão não se encontram verdadeiramente envolvidas com o que possuem? Acho que não, não é mesmo?
Portanto, tanto o presente da doutrina, assim como o futuro dela, será o resultado do envolvimento de cada um com a nova forma de viver que propomos que garantirá a permanência destes ensinamentos no mundo humano quando não houver mais o estímulo de comparecer a uma conversa comigo.
 Envolver-se com a doutrina: este é o lema para aquele que já provou o benefício que a nova forma de viver que apresentamos traz. Isto é o garantidor de novos momentos, assim como foi o fundamento básico que já gerou momentos de paz e felicidade na sua existência.
Foi o envolvimento de cada um com os ensinamentos da doutrina que levou à existência do que vivemos nos últimos dias. Foi ele também o gerador do que vivemos em outras oportunidades quando nos reunimos, seja para grandes encontros ou para conversas esporádicas. Também será ele que levará cada um a vivenciar, quer seja nas atividades das sanghas regionais ou em encontros mais amplos como é o nosso encontro anual que chamamos de Festa de Nossa Senhora, as emoções que vivemos nestes últimos dois dias.
Apesar de ter dito que o futuro da doutrina depende apenas do envolvimento íntimo de cada um com os ensinamentos, este necessita de uma coisa para poder existir: a vida em comunidade. Imaginar que existe a possibilidade de se manter este envolvimento sem que haja a vivência com uma comunidade formada por seres que possuam afinidade com a doutrina é tolice, pois o dia a dia da vida humana cobrará a atenção para seus assuntos e com isso, o envolvimento com os ensinamentos ficará relegado a segundo plano e com o tempo será esquecido.
A vivência com a comunidade de pessoas afins pode se dar de dois tipos: regularmente ou esporadicamente. O primeiro é aquele que acontece com a presença dos grupos que chamamos de sanghas. A participação regular de cada um daqueles que já experimentaram os benefícios da prática dos ensinamentos com pessoas que tenham vivido a mesma experiência é fundamental para que o envolvimento de cada um com a doutrina exista.
Outra forma de se relacionar são os encontros de maiores amplitudes, como é o caso da Festa de Nossa Senhora, que há quatorze anos vêm reunindo anualmente aqueles que convivem com os ensinamentos da Doutrina Espiritualista Ecumênica. Por isso, mais do que esperar que esta tradição seja mantida por vocês agora que não estou aqui mais para provocá-la, espero também que novos encontros sejam propostos além desta confraternização anual para que vocês continuem usando estes acontecimentos como estímulo para manterem-se envolvidos com as premissas que levam à nova forma de viver que transmitimos.
Há ainda mais uma forma de se manter o envolvimento com a doutrina: o acesso às conversas que tivemos, sejam elas em som ou texto. Muitos moram em cidades distantes ou não possuem condições de se locomover até aos encontros mais amplos e também não conhecem pessoas com quem formar uma comunidade física para compartilhar estas idéias. Para estes recomendo programarem-se para poder ter um tempo para entrar em contato com o que já foi transmitido, pois sem isso, como já disse, o dia a dia vai acabar matando o envolvimento e os benefícios gerados pela prática dos ensinamentos paulatinamente deixarão de ser vivenciados.
No entanto, seja nos encontros regulares ou nos esporádicos, a participação no convívio com a comunidade precisa seguir alguns parâmetros para que o seu envolvimento com a doutrina aconteça. Sem eles, estes encontros não servirão para a finalidade que já falamos (manter acesso o envolvimento) e poderão, ainda, servir como instrumento para o seu afastamento, como foi alguns casos que vimos na conversa de ontem. Por isso, nesta mensagem final, me permitam falar um pouco destas premissas.
Em O Livro dos Espíritos há uma figura muito interessante que quero citar agora como exemplo de formação de uma comunidade. Quero citá-la para que usem esta imagem criada pelo Espírito da Verdade como elemento balizador do envolvimento necessário de cada um com os afins para que exista uma comunidade que os ajude a manter acessa dentro de vocês a chama da doutrina espiritualista ecumênica.
Na pergunta 881, quando Kardec argüiu se o homem tem o direito de acumular bens que lhe permitem repousar quando não mais possa trabalhar, a equipe de espíritos que participou da elaboração dos ensinamentos que servem como base para a formação da doutrina espírita afirmou: sim, mas deve conviver com seus bens em família, como a abelha. Como vivem as abelhas? Elas formam uma grande família onde cada um tem funções específicas e o fruto do trabalho de todos é distribuído igualmente entre os membros da colméia. Repartir igualmente tudo com todos: esta é a primeira premissa que deve nortear o relacionamento daqueles que dão importância aos ensinamentos da Doutrina Espiritualista Ecumênica numa comunidade.
Outra premissa pode ser obtida com a figura da formiga. Reparem num formigueiro. Ele é formado por seres pequenos que possuem pouca força, se comparados a seres maiores. No entanto, apesar de seu tamanho reduzido e de sua pouca força, o grupo de formigas é capaz de devastar uma grande área de mata. Por que isso acontece? Porque elas trabalham em grupo e não individualmente. É deste exemplo que vem a segunda premissa do envolvimento de cada um com a comunidade que servirá como chama para manter acesso em cada um os ensinamentos que criam uma nova forma de viver: o trabalho em equipe, ao invés de buscar realizar qualquer coisa individualmente.
 A última questão importante a ser observada na participação de encontros com outros seres que possuam afinidade com os ensinamentos da Doutrina Espiritualista Ecumênica vêm de um garoto que estava numa praia tentando salvar as milhares de águas vivas que tinham sido jogadas pelo mar na areia e que iam morrer se não devolvidas às águas. Um homem questionou o garoto sobre o que ele estava fazendo e este respondeu: tentando salvar estas águas vivas. O homem, então, do alto de sua sapiência disse: você não está vendo que são muitas e que por mais que trabalhe não conseguirá salvar a todas? Por isso digo que o seu trabalho não fará diferença... O garoto, então, respondeu: posso não fazer diferença para todas, mas para esta eu fiz... Dizendo isso, atirou mais uma água viva ao mar.
Desta história, então, retiramos a terceira premissa básica da participação de cada um nas comunidades de afins que se faz necessária para que o envolvimento com a doutrina continue existindo em você e em outros: nunca espere ajudar a todos. Ao invés de querer ser o salvador da pátria de todos, aja individualmente colaborando com cada um para que ele se conscientize da necessidade manter-se envolvido com a Doutrina Espiritualista Ecumênica.
Eis aí, portanto, as premissas que cada um deve seguir para que o envolvimento necessário para a manutenção da chama da nova forma de viver a vida em você e nos outros seja reforçado pelo relacionamento com a comunidade de afins. Ao participar dos encontros regulares ou esporádicos daqueles que comungam as mesmas idéias, ao invés de se preocupar em realizar grandes obras, esteja atento para servir a cada um individualmente. Ao invés de querer ditar ao grupo o que deve ser feito, junte-se a eles e seja apenas mais um trabalhador que segue o que o grupo determina. Ao invés de usar estes encontros para que você se beneficie com o fruto da participação, esteja preocupado em dividir a realização com todos.
Foram estas premissas que levaram aqueles que tiveram como missão o deslocamento constante para permitir que eu estivesse presente e acendesse a chama da esperança de uma nova vida em muitas pessoas. Foi de quilômetro em quilômetro que eles rodaram nestes quatorze anos mais de cem mil para que estivéssemos presente. Foi sem esperar recompensas ou reconhecimento, nem mesmo um muito obrigado, que eles possibilitaram que a mensagem chegasse a muitos. Foi sem preocuparem-se conquistar individualmente o aprendizado que geraram a oportunidade para que muitos nos descobrissem o que tínhamos para dizer. Se estas foram as premissas que construíram este trabalho, são, obviamente, elas que podem fazer com que tudo o que foi transmitido continue existindo sobre a face da Terra.
Portanto, neste encontro onde elegemos como tema a continuidade da doutrina após o fim das palestras presenciais por parte da espiritualidade, chegamos à conclusão que só existe uma forma disso acontecer: com o envolvimento de cada um com a nova forma de viver a vida que transmitimos. No entanto, para que ele exista, é preciso que cada um de vocês não se isole e sim que esteja o máximo possível em contato com seus afins para que o envolvimento não seja solapado pelos acontecimentos do dia a dia. E, para que estes encontros sejam realmente úteis neste sentido, estas três premissas precisam ser observadas por cada um dos participantes.
Esta é a mensagem final que Joaquim deixa a todos aqueles que durante todos estes anos nos honraram com a sua presença em nossas conversas ou com o acesso às informações disponibilizadas nos meios virtuais. Ela é uma mensagem que serve como orientação para todos aqueles que dão um valor positivo àquilo que ensinamos. Quem a escutar, portanto, saiba que tudo depende de cada um para que ele mesmo continue banhando-se na forma mais amena e feliz de viver a vida humana e de mais ninguém.
Apenas quero ressaltar, como último tópico desta mensagem, a importância do relacionamento, pessoal ou virtual, com as pessoas que tem afinidade pela doutrina para que cada um consiga manter-se dentro da vivência que já provou que pode proporcionar uma existência mais tranqüila. Ressalto esta importância me dirigindo àqueles que já estiveram presentes em qualquer das reuniões, com a minha presença ou não, e por qualquer motivo se contrariaram: nunca se isole...
Muitos já participam destes encontros que são necessários para que o envolvimento com a doutrina exista e leve a uma nova forma de viver a vida e, por terem tidos contrariedades durante estes encontros, não mais participam das reuniões. Nesta minha mensagem final é para estes: não façam isso...
Uma das coisas mais importantes que ensinamos ao longo destes quatorze anos foi que não devemos nos deixar levar pelas contrariedades geradas pela mente humana. Portanto, quando a mente acusar contrariedades com qualquer acontecimento que ocorra num encontro, suplante a sua mente ao invés de se afastar das reuniões. Como dissemos neste final de semana quando comentamos o assunto, o único prejudicado será você mesmo, pois é em você que o envolvimento diminuirá e com isso o que já foi obtido como nova forma de viver cada vez mais será difícil de ser alcançado.
Quero também me dirigir àqueles que imaginam que não colaboram em nada com o grupo porque não sabem cantar ou tocar música, porque não sabem comentar os ensinamentos ou porque não podem ajudar quem está precisando de socorro. Não deixem de comparecer aos encontros, pois vocês podem ajudar e muito aos irmãos. Mas, como podem ajudar? Estando presentes e ao comparecerem dizerem: Senhor, fazei de mim instrumento de Vossa vontade... Lembrem-se: Deus não escolhe os capacitados, mas capacita àqueles que se oferecem para o trabalho.
Resumindo, portanto, o tema deste encontro, eu afirmo que o que cada um pode fazer para que a Doutrina Espiritualista Ecumênica continue existindo agora que não haverá mais o seu ponto centralizador, Joaquim, é manter o seu envolvimento com ela e envolver-se com as pessoas que também valorizam positivamente este conjunto de ensinamentos. Com isso, esta nova forma de viver estará sempre presente no planeta.
De minha parte, só tenho a agradecer a todos que estiveram conosco anos, meses, dias ou mesmo poucos momentos, pois cada um que por aqui passou, mesmo que tenha levantado cinco minutos depois que iniciamos uma conversa, foi importante para a construção deste grupo de ensinamentos. Se a Doutrina Espiritualista Ecumênica existe hoje ela é o resultado da presença de cada um, do trabalho de formiguinha de cada um que esteve presente, mesmo por pequenos momentos, em nossos encontros. Por isso mesmo afirmo que ela só continuará a existir como fruto do trabalho de formiguinha de cada um.
Em nome de Deus, Senhor do Universo; em nome de Jesus Cristo, nosso mestre amado; em nome de Maria, a Senhora da Regeneração.
Nós somos o 11º Batalhão do Exército de Maria, o grupo do Espiritualismo Ecumênico Universal e sobre as ordens da mãe trabalhamos para auxiliar os espíritos encarnados no seu processo de elevação espiritual para o aproveitamento da encarnação.
Que a mãe fortaleça aquilo que está presente neste momento no coração de cada um: a emoção de ter vivenciado esta história.
Graças a Deus...

sábado, 8 de dezembro de 2012

Quinta-feira cheia de esperança!

Na última quinta-feira, dia 06 de dezembro, o livro Rede da esperança foi apesentado em dois eventos culturais na cidade de São Carlos.
Pela manhã, na inauguração da Biblioteca Livre do Instituto de Quimíca, na USP. Trata-se de uma nova concepção de biblioteca na qual não há necessidade de empréstimo formal ou prazo. A única regra é a devolução do livro na estante após a leitura.
A biblioteca livre foi uma iniciativa da professora Maria Teresa do Prado Gambardella, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do referido Instituto de pesquisa.
No mesmo dia, às 19h30, na livraria Nobel, no Shopping Iguatemi, Thiago Petruccelli apresentou uma criativa e bem-humorada adaptação do livro, realizando uma contação fascinante que prendeu a atenção de crianças e adultos presentes ao evento.
O livro Rede da Esperança pode ser adquirido nas livrarias Nobel e Sideral ou no projeto Homospiritualis. É uma ótima sugestão de presente para o Natal.

Rede da esperança (Rima, 2012)
O livro escrito por Adilson Marques em 1992 e publicado em agosto deste ano narra a aventura de Moacyr, um menino de sete anos que descobre ter uma importante missão: evitar que uma área verde se transformasse em mais um condomínio residencial. Com a ajuda de seres protetores da natureza ele consegue transformar o local em um parque público.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Fanatismo religioso veta criação de instrumento capaz de atuar pela garantia do estado laico e da liberdade de expressão religiosa


Com um discurso obscurantista que previa a instalação de práticas satanistas, evocação do “Espírito Santo” para votar contra a aprovação e ironias à proposta de inclusão de ateus e agnósticos no conselho, a bancada evangélica da câmara municipal vetou a criação do Conselho Municipal da Diversidade Religiosa, na sessão do dia 04 de dezembro de 2012, projeto do vereador Robertinho Mori (PV).

O projeto, seguindo as orientações do Comitê Nacional da Diversidade Religiosa, instalado em Brasília pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, no dia 30 de novembro de 2011, visava impedir manifestações de desrespeito e violação dos direitos dos que não professam religiões hegemônicas ou até mesmo que não professem religião alguma.

Segundo algumas pesquisas acadêmicas, no Brasil, os grupos mais vulneráveis à intolerância religiosa tem sido os adeptos dos cultos afro-brasileiros e também os que se consideram ateus. Nesse sentido, o conselho municipal seria um instrumento na cidade para atuar em parceria com a Assessoria da Diversidade Religiosa através de ações políticas de promoção e defesa da liberdade religiosa, implementando as ações programáticas previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos 3/PNDH-3.

Em outras palavras, o conselho não visa discutir religião, como falaram os vereadores evangélicos, demonstrando total desconhecimento do projeto, mas constituir um grupo com o objetivo de pensar políticas públicas para a diversidade, combatendo a intolerância na perspectiva dos direitos humanos e da cultura de paz, entre elas, a instituição de mecanismos que assegurem o livre exercício de práticas religiosas, assegurando a proteção do seu espaço físico e coibindo a intolerância religiosa; campanhas de divulgação da diversidade religiosa; o ensino da diversidade e da história das religiões, no ensino público, enfatizando as diferenças culturais e a afirmação da laicidade do estado, todas previstas pelo Comitê Nacional da Diversidade Religiosa.

A iniciativa do município de São Carlos, através da proposta do vereador Robertinho Mori (PV), foi elogiada nacionalmente, recebendo várias manifestações de apoio. Por exemplo, podemos citar a mensagem da Monja Coen, que frequentemente visita a cidade de São Carlos, realizando eventos no Jatoba Terra Prana, um espaço espiritualista conhecido nacional e internacionalmente. Em suas palavras, afirma:

“Primeiro quero congratular a Câmara Municipal de São Carlos, no Estado de São Paulo, pela iniciativa de criar o Conselho Municipal da Diversidade Religiosa. Apreciar a Diversidade Religiosa é o mesmo que apreciar a Democracia e nos mantermos firmes em nossos propósitos de promulgar os Direitos Humanos: direitos de crença e não crença, apreciação à diversidade cultural e étnica, acolhimento e reconhecimento da laicidade do estado e da liberdade religiosa.
A promoção do diálogo é um dos marcos fundamentais para a construção de uma Cultura de Paz, Justiça e Cura da Terra.”

Também é importante ressaltar o apoio que o projeto recebeu do senhor Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, que tem assento na Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP e nos comitês da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e também do Estado do Rio de Janeiro.

A ideia de se ter um conselho municipal da diversidade religiosa foi tirada no I Encontro do Fórum Permanente de Educação,  Cultura de Paz e Tolerância Religiosa, que se reúne na cidade de São Carlos, desde 2010, no dia 21 de janeiro, considerado pelo governo federal como Dia Nacional de combate a Intolerância Religiosa.

Naquele evento foi escrito um documento denominado Manifesto pela Paz e pela Tolerância Religiosa em São Carlos, disponível na internet para consulta. No manifesto, os participantes do fórum, representando vários grupos religiosos e espiritualistas sugerem ao poder público a criação do Conselho Municipal da Diversidade Religiosa e a implementação no município da lei 9475/97, que institui a disciplina optativa ensino religioso escolar, sem finalidade doutrinária ou proselitismo, mas valorizando a diversidade cultural e religiosa.

O documento foi encaminhado, no mesmo ano, para o gabinete do prefeito e também para a secretaria da educação. Em 2012, após a participação do projeto Homospiritualis no evento Semana da Harmonia entre as Religiões da ONU, na Universidade Federal da Paraíba, na cidade de João Pessoa, no mês de fevereiro, procuramos o deputado federal Newton Lima (PT) para tentar o apoio dele a essa ideia. Infelizmente, até hoje, ele não pode atender a nossa solicitação.

O mesmo não aconteceu quando procuramos o vereador Robertinho Mori (PV) que, sensibilizado com a ideia, elaborou o projeto de lei com sua equipe. O projeto do vereador foi lido e discutido no XI Encontro Ecumênico de Educação e Cultura para a Paz,, recebendo apoio dos participantes, entre eles, os os adeptos dos cultos afro-brasileiros e os ateus e agnósticos.

Em nome do projeto Homospiritualis agradeço mais uma vez a sensibilidade do vereador Robertinho Mori (PV), que fará muita falta na próxima gestão da câmara municipal, e aos vereadores que votaram a favor do projeto: Lineu Navarro (PT), Ronaldo Lopes (PT), Antonio Catarino (PTB) e também ao presidente da câmara, que não votou, mas manifestou apoio ao projeto, o vereador Edson Fermiano (PR).



São Carlos, 5 de dezembro de 2012

Adilson Marques – doutor em Educação pela USP, professor da FESC e coordenador do Projeto Homospiritualis, mantido pela ONG Núcleo Cultural Rosa de Nazaré, organização responsável pelo Fórum permanente de Educação, Cultura de Paz e Tolerância Religiosa e pelo Encontro Ecumênico de Educação e Cultura para a Paz, realizados anualmente na cidade sem recursos do poder público ou de religiões.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

2012, simples coincidência?

alguns dos participantes no dia 01/12
Nos dias 01 e 02 de dezembro aconteceu em São Carlos mais um curso de Reiki e TVI, na sede do Projeto Homospiritualis. 12 pessoas participaram e, para nossa surpresa, são, agora, 2012 pessoas capacitadas para atender com Reiki e com a TVI, em todo o território nacional.
Desde 2003, nos atendimentos realizados no Projeto Homospiritualis não se utiliza mais símbolos e os atendimentos e cursos são sempre gratuitos. O curso enfatiza sempre que o importante é o pensamento elevado, a vontade e o amor. Estes são os verdadeiros ingredientes para se conectar com as energias superiores e ajudar aqueles que necessitam, sem esperar nada em troca.
Por sua vez, a TVI, sigla para a expressão Terapia Vibracional Integrativa, é um conjunto de técnicas meditativas transmitidas em reuniões mediúnicas, entre os anos de 2001 e 2003 que, até 2005 eram identificadas com o nome de Mandala-Reiki. Os cursos de TVI também são realizados gratuitamente. O curso de iniciação tem 6 horas de duração e é totalmente prático. O curso avançado é realizado em 30 horas, com aulas teóricas e prática.
Desde 2003, quando o Projeto Homospiritualis começou a realizar cursos de Reiki e de TVI, juntamente com os cursos de Apometria, foram, até o momento, 2012 pessoas capacitadas para utilizar estas técnicas em todo o território nacional. Será uma mera coincidência esse número?
O Projeto Homospiritualis está programando um encontro no dia 12/12/2012 com todos que, em algum momento, fizeram um dos cursos no Projeto Homospiritualis. Pessoas de outros municípios que quiserem participar também serão bem-vindos.  O local ainda está sendo definido e será comunicado em breve.